quarta-feira, 14 de abril de 2010

Carta de uma mãe

Porque me tratas assim filho meu?
Porque me agrides dessa forma?
Não vês que estou ferida?
Sempre te dei tudo que precisou.
Te dei ar pra respirar.
Comida fresca de todos os sabores e cores.
Amigos para te proteger e para te amar;
Uns você chuta, outros você mata e come.
Não sei se você sabe, mas esses objetos que joga nos rios e mares não fazem parte de mim.
O que sai de suas fábricas e carros não pertencem ao meu ar.
Minhas árvores não pedem para ser cortadas. Nem meus pássaros querem viver engaiolados.
A minha água um dia vai acabar, ela não é infinita.
Você satisfaz seu ego e suas vontades sem pensar que amanhã a sua geração não desfrutará.
Isso se sua geração chegar a tempo, se antes disso as suas guerras e bombas não extinguirem a sua própria raça
Te fiz um ser racional, mas ages como se não pensasse.
Te dei inteligência e força pra evoluir, sim! Mas não a ponto de se auto-destruir.
Durante muito tempo vi tudo isso calada
Até quando terei forças para te sustentar?
Não vês os sinais que te envio? Ou pensas ser tão forte e sábio que poderá me dominar?
Não podes me dominar, nem mudar o rumo do seu destino. Mas podes mudar sua atitudes.
Talvez você não consiga me curar, mas só você tem o remédio para me fazer viver mais.
Ame mais quem sempre te deu tudo.

Sua mãe Natureza

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